Violence, Science, and Cotton in Colonial-Fascist Mozambique (1934-1974)

Authors

DOI:

https://doi.org/10.21814/perspectivas.3229

Keywords:

Cotton plantation, colonial science, Estado Novo, indigenous agriculture, portuguese mozambique

Abstract

Since the 19th century, Portuguese authorities had made unsuccessful attempts to promote cotton production in Angola and Mozambique. Under colonial fascist rule, the cotton plantations expanded significantly to meet the demands of the Portuguese textile industry. Eventually, cotton became the major agricultural export in Mozambique. This text explores the causes for this success, focusing on the rapid growth of indigenous cotton fields in northern Mozambique. In our research, we analysed contemporary "grey" cotton scientific literature, labour legislation, administration reports, agronomical thesis and the extensive collection of anthropological and social history studies carried out since the 1970s. We demonstrate that fascism created a specific model for the exploitation of humans and nature. This model involved labour mobilization based on daily physical and psychological violence and the humiliation of the indigenous people, the promotion and advancement of colonial cotton science for the industrialization of nature, and the creation of new economic institutions and rules to promote neo-mercantilist policies.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biography

Paulo Guimarães, Professor at University of Évora

Paulo Eduardo Guimarães (b. 1960) is an Assistant Professor at the History Department of the University of Évora (Portugal) and member of CICP (Research Center Political Science).  He is a member of the board of the Contemporary History’s PhD. Programme at the University of Évora. He is the author of Elites and Industry in Alentejo (1890-1960): a study on economic behaviour of elite groups in regional context (Lisbon, 2005) and of Industry and Conflict in the Rural Milieu: The Miners of Alentejo (1858-1938) both books in Portuguese.

References

Adam, Yussuf. 1996. “Trick or Treat: The Relationship between Destabilization, Aid and Government Devolpment Policies in Mozambique, 1975-1990”. PhD thesis Roskild University.

Adam, Yussuf, and Anna Maria Gentili. “O movimento dos Liguilanilu no planalto de Mueda 1957-1962”. In Estudos Moçambicanos, 1983: 41–75.

AHU/UM/ ISAU. 1959. Arquivo Histórico Ultramarino. Relatório do Governador do Distrito de Moçambique. Typewritten.

Baptista, J. E. 1949. Pragas do algodoeiro em Moçambique. Lourenço Marques: Sociedade de Estudos da Colónia de Moçambique.

Barbosa, A.J.S. 1951. “Estudo da Biologia dos percevejos da semente, do algodão e dos prejuizos causados pelos mesmos”. Revista da Faculdade de Ciências, Lisboa, 2a, I, n. fasc. 1o : 117–32.

Beatriz, Manuel. 1946. “Importância económica do algodão na agricultura de moçambique”. Trabalhos do Centro de Investigação Cientifica Algodoeira (JEAC): 1-11.

Bravo, Nelson Saraiva. 1963. A cultura algodoeira na economia do norte de Moçambique. Lisboa: Junta de Investigações do Ultramar, 1963.

Cahen, Michel. 1983. “Corporatisme et colonialisme. Approche du cas mozambicain, 1933-1979: I. Une genèse difficile, un mouvement squelettique”, Cahiers d'études africaines, 23, n° 92, 1983. pp. 383-417;

———.1984. “Corporatisme et colonialisme. Approche du cas mozambicain, 1933-1979: II. Crise et survivance du corporatisme colonial, 1960-1979 ”. Cahiers d’Études Africaines 24, n. 93 (1984): 5–24.

———.2018. “Massacre de Mueda, Moçambique (1960)”. In As voltas do passado, 40–47. Lisboa: Tinta da China, 2018.

Carvalho, Mário. 1949. “Resultados da experimentação algodoeira em Moçambique”. In Agronomia Lusitana.

Clarence-Smith, W. G. 1985. The third Portuguese empire, 1825-1975: a study in economic imperialism. Manchester University Press, 1985.

Correia, Milton M. 2019. “História e textualização: a historiografia da frente do Niassa (Moçambique) 1964-1974”, Revista História, 178, São Paulo.

Dias, J. A. Travassos, and Armando J. Rosinha. 1971a. “Terão justificação os abates indiscriminados da caça como medida de luta contra a mosca Tsé-Tsé?: análise do caso de Moçambique”, VII Jornadas Médico-Veterinárias. – Lourenço Marques.

---------. 1971b. “Alguns aspectos da caça clandestina em Moçambique…”. VII Jornadas Médico-Veterinárias. – Lourenço Marques.

Dinerman, Alice. 2006. Revolution, Counter-Revolution and Revisionism in Postcolonial Africa. New York: Routledge.

Fernandes, Vieira. 1941. “Relatório de uma inspecção aos serviços centrais e provinciais. Colónia de Moçambique, 1940-1941”. In Arquivo Histórico Ultramarino (Lisboa.). ISAC Inspecção Superior de Administração Colonial.

Fortuna, Carlos. 1993. O Fio da Meada: o Algodão de Moçambique, Portugal e a Economia-mundo (1860-1960). Porto: Afrontamento.

George, J. da Fonseca. 1948. “Concentrações algodoeiras”. In Trabalhos do Centro de Investigação Cientídica Algodoeira: 3–10.

Gonçalves, Celestino. 1962. A Caça em Moçambique. II. Os grandes criminosos da caça. – Lourenço Marques.

Governo do Território da Companhia de Moçambique, Direcção de Agricultura (Secção do Algodão). 1926. Circular sobre a ferrugem vermelha do algodão. Beira.

Hedges, David et al. 1993. História de Moçambique, Vol. 3, Moçambique no auge do colonialismo, 1930 – 1961, Maputo: Universidade Eduardo Mondlane.

Isaacman, Allen F. 1982. “The Mozambique Cotton Cooperative: The Creation of a Grassroots Alternative to Forced Commodity Production”. In African Studies Review 25, n. 2/3

———. 1985. “Chiefs, Rural Differentiation and Peasant Protest: The Mozambican Forced Cotton Regime 1938-1961”. In African Economic History, University of Wisconsin Press, 14: 15–56.

———. 1990. “Peasants and Rural Social Protest in Africa”. African Studies Review 33, 2

———. 1992a. “Coercion, Paternalism and the Labour Process: The Mozambican Cotton Regime 1938–1961”. In Journal of Southern African Studies 18, 3 : 487–526.

———. 1992b. “Peasants, Work and the Labor Process: Forced Cotton Cultivation in Colonial Mozambique 1938-1961”. Journal of Social History 25, 4: 815–55.

———. 1996. Cotton is the mother of poverty: peasants, work, and rural struggle in colonial Mozambique, 1938-1961. Cape Town : Heinemann. .

Isaacman, Allen F., and Richard L. Roberts, eds. 1995. Cotton, colonialism, and social history in sub-Saharan Africa. Social history of Africa. Portsmouth, NH: Heinemann.

Israel, Paolo. 2014. In Step with the Times: Mapiko Masquerades of Mozambique. New African Histories. Athens, Ohio: Ohio University Press.

Leite, Joana P. 1989. La Formation de la Economie Coloniale au Mozambique. Pacte Colonial et industrialisation: du colonialisme portugais au réseaux informels de sujeition marchandise, 1930/1974. Paris: EHESS. 2 vols. + anexos

Manghezi, Alpheus.2003. Trabalho forçado e cultura obrigatória do algodão: o colonato do Limpopo e reassentamento pós-independência c. 1895-1981. Maputo: Arquivo Histórico de Moçambique.

Martinez, Esmeralda Simões.2008. “O trabalho forçado na legislação colonial portuguesa: o caso de Moçambique: 1899-1926”. Master Th., Fac. Letras Universidade de Lisboa.

Martinho, Jacinto Pereira. 1934. Primeira Exposição Colonial Portuguesa. Porto. Moçambique. A Caça. Lourenço Marques: Imprensa Nacional de Moçambique, 1934.

Matos, Emanuel M. 1967-1968. Agronomic Report. Lourenço Marques: Instituto do Algodão de Moçambique.

Moçambique. Fundo do Algodão. 1956. Fundo do Algodão: monografia. Lourenço Marques.

Moçambique. Serviços de Veterinária. 1930. Distribution Géographique des Glossines en Mozambique. Recuil des travaux de reconnaissance…1921 a 1929. Lourenço Marques.

———. Direcção Geral dos Serviços de Agricultura. 1934a. Algodão. – Lourenço Marques.

———. 1934b. A Caça. – Lourenço Marques.

Mondlane, Eduardo, 1969. The struggle for Mozambique. Harmondsworth.

Neves, Joel Mauricio das. 1998. “Economy, Society and Labour Migration in Central Mozambique, 1930- c.1965: A case study of Manica province”. University of London. SOAS. School of Oriental and African Studies.

Newitt, Malyn, e Corrado Tornimbeni. «Transnational Networks and Internal Divisions in Central Mozambique: An Historical Perspective from the Colonial Period». Cahiers d’études Africaines 48, n. 192 (9 de Dezembro de 2008): 707–40.

O’Laughlin, Bridget. 2002. “Proletarianisation, Agency and Changing Rural Livelihoods: Forced Labour and Resistance in Colonial Mozambique”. Journal of Southern African Studies 28, 3 : 511–30.

Oliveira, Cintia M. 2019. O Massacre de Mueda (1960) e a Constituição das Narrativas Nacionais em Moçambique (1962-1986). Belo Horizonte: UFMG. – PhD. Thesis.

Pitcher, M. Anne. 1996. “Conflict and Cooperation: Gendered Roles and Responsibilities within Cotton Households in Northern Mozambique”. African Studies Review 39, n. 3 : 81.

———. 1995. “From coercion to incentives: the Portuguese colonial cotton regime in Angola and Mozambique, 1946-1974”. In Cotton, colonialism, and social history in sub-Saharan Africa, Portsmouth, NH: Heinemann, 119–45.

———. 1991. “Sowing the Seeds of Failure: Early Portuguese Cotton Cultivation in Angola and Mozambique, 1820–1926”. Journal of Southern African Studies 17, 1 : 43–70.

Portugal, Junta de Exportação do Algodão Colonial. 1948. Trabalhos do Centro de Investigação Científica Algodoeira. Vol. 1o. Lourenço Marques: Tip. Minerva Central, 1948.

Portugal, Junta de Exportação do Algodão. 1955. Esboço do Reconhecimento Ecológico-Agrícola de Moçambique. 1.a ed. 2 vols. Lourenço Marques: Imprensa Nacional de Moçambique.

Portugal, Ministério das Colónias. 1928. Decreto 16199, de 6 de Dezembro. Aprova o Código do trabalho dos indígenas nas colónias portuguesas de África., Diário do Govêrno, Série I, 281/1928.

Portugal. Ministério das Colónias. 1938. Decreto-lei 45179, de 5 de Agosto. Cria a Junta de Exportação do Algodão Colonial. Diário do Govêrno, I, , 119/1938.

Portugal. Ministério do Ultramar, Governo do Distrito de Moçambique. 1942. Relatório do Comandante Eugénio Ferreira de Almeida. 2 vols. Lisboa: Agência Geral das Colónias.

Portugal. Ministério do Ultramar, Governo do Distrito de Moçambique, Governo do Niassa. 1953. Ordem de serviço 2/52. Política indígena. Normas a seguir., In Portugal, Governo de Distrito de Moçambique. Relatório. 1956, 2o vol. anexo 1. § .

Quintanilha, Alexandre. 1948. “Introdução”. In Trabalhos do Centro de Investigação Científica Algodoeira, 1a., 1o:3–10. Lourenço Marques: Junta de Exportação do Algodão Colonial.

———. 1954. O problema algodoeiro português. Lourenço Marques: Imprensa Nacional de Moçambique

———. 1955. “Introdução”. In Esboço do Reconhecimento Ecológico-Agrícola de Moçambique, 1:3–29. Lourenço Marques: Imprensa Nacional de Moçambique.

———. 1966. O problema algodoeiro português e a actividade do Centro de Investigação Científica Algodoeira Comunicação apresentada a Classe de Ciências em sessão de 21 de Julho de 1966. Separata. Lisboa: Boletim da Academia das Ciências.

Ribeiro, E. de Queiroz. 1939. O Algodão em Moçambique: instruções de cultura para europeus e indígenas (com aplicação especial no Território de Manica e Sofala). 1a. Boletim 3. Beira: Imprensa da Companhia de Moçambique.

Rufino, José dos Santos. 1929. Álbuns Fotográficos e Descritivos da Colónia de Moçambique. 1a. 10 vols. Lourenço Marques.

Santos, Censo. 1968. Internship Report. Coimbra: Agronomic School.

Saraiva, 1936. Subsídios para o conhecimento da fauna entomoógico-económica da colónia de Moçambique. Coimbra.

Saraiva, Tiago. 2009. “Laboratories and Landscapes: the Fascist New State and the Colonization of Portugal and Mozambique”. In Journal of History of Science and Technology, 3, 35-60

———. 2016. Fascist pigs: technoscientific organisms and the history of fascism. Cambridge, Massachusetts: MIT Press.

Schnurr, Matthew A. 2013. “Cotton as calamitous commodity: the politics of agricultural failure in Natal and Zululand, 1844–1933”, Canadian Journal of African Studies, 47:1, 115-132.

USDF. US Department of State. Bureau of African Affairs. 1973. “Visit to aldeamentos in Northern Mozambique”, 25 April (cable).

Vail, Leroy, e Landeg White. 1978.“«Tawani, Machambero!»: Forced Cotton and Rice Growing on the Zambezi”. In The Journal of African History 19, 2 : 239–63.

Downloads

Published

2021-12-17

How to Cite

Guimarães, P. (2021). Violence, Science, and Cotton in Colonial-Fascist Mozambique (1934-1974). Perspectivas - Journal of Political Science, 25, 89–108. https://doi.org/10.21814/perspectivas.3229