Identidades e Mestiçagens entre negros e índios e o controle da Companhia de Jesus no Rio de Janeiro Colonial

Identities and Mestizaje between blacks and Indians and the control of the Society of Jesus in Rio de Janeiro Colonial

Authors

  • Marcia Amantino Salgado Oliveira University.

Keywords:

Jesuits, Rio de Janeiro, Slavery, Indians, Blacks, Miscegenation

Abstract

In 1757, therefore two years before the definitive expulsion of the Society of Jesus from the Portuguese kingdoms, the administrative order in the captaincy of Rio de Janeiro, eight rural properties and five indigenous villages. This meant that there were a population on their farms of around 2616 slaves and the 1810 Indian villages. Although there are clearly differentiated management policies for Indians and slaves, it was inevitable that this population living under the Ignatians' spiritual and temporal care would constantly move among the farms and villages not only during festivities but also during the conduct of related activities to different work needs. Such movements provided various sexual encounters, whether or not legitimated by the church. In any case, these links, although prohibited by legislation at various times, were one of the main ways of narrowing the cultural differences between the two groups and allowed the development of a mixed culture, albeit grounded in slavery. On the other hand, these encounters were not sufficient to prevent, at times, conflicts between the two groups, thus demonstrating the limits not only of the control exercised by the Jesuits and society, but also by the very limit of biological and cultural mestizaje.

Resumo

Em 1757, portanto dois anos antes da expulsão definitiva da Companhia de Jesus dos reinos portugueses, a ordem administrativa na capitania do Rio de Janeiro, oito propriedades rurais e cinco aldeamentos indígenas. Isto significava que havia uma população em suas fazendas em torno de 2616 escravos e os aldeamentos 1810 índios. Apesar de haver políticas de administração claramente diferenciadas para indígenas e escravos foi inevitável que esta população que vivia sob os cuidados espirituais e temporais dos inacianos se movimentasse constantemente entre as fazendas e aldeamentos não só nos momentos de festividades, mas também durante a realização de atividades ligadas às diferentes necessidades de trabalho. Tais movimentações proporcionaram variados encontros sexuais, legitimados ou não pela igreja. De qualquer forma, estes enlaces, embora proibidos pela legislação em variados momentos, foram uma das principais formas de diminuir as diferenças culturais entre os dois grupos e permitiram o desenvolvimento de uma cultura mestiça, ainda que alicerçada na escravidão. Por outro lado, estes encontros não foram suficientes para impedir, em alguns momentos, conflitos entre os dois grupos, demonstrando assim, os limites não só do controle exercido pelos jesuítas e pela sociedade, mas também pelo próprio limite da mestiçagem biológica e cultural.

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Published

2013-06-01

How to Cite

Amantino, M. (2013). Identidades e Mestiçagens entre negros e índios e o controle da Companhia de Jesus no Rio de Janeiro Colonial: Identities and Mestizaje between blacks and Indians and the control of the Society of Jesus in Rio de Janeiro Colonial. Perspectivas - Journal of Political Science, 10, 27–42. Retrieved from https://www.perspectivasjournal.com/index.php/perspectivas/article/view/440

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